O Notiê por Priceless é um restaurante com origem na pesquisa dos biomas brasileiros e criações do chef Onildo Rocha, dentro do Espaço Priceless, em São Paulo.

Experiência em 12 tempos
por Onildo Rocha

Cerimônia do Jarê

Godó de banana e charque

Xinxim de galinha e mandioca

Bolinho de estudante, gergelim e alho negro

Abará, shissô e castanha do Brasil

Cortado de palma e vieira

Caju e ovas

Moqueca de jaca e tapioca

Lula, mamão verde e porco

Cordeiro, inhame e café

Coco, coentro e pimenta

Milho, cuscuz e funcho

R$ 624

Harmonização

Menu-degustação harmonizado com vinhos selecionados
Valor sob consulta

Experiência em 8 tempos
por Onildo Rocha

Cerimônia do Jarê

Godó de banana e charque

Xinxim de galinha e mandioca

Abará, shissô e castanha do Brasil

Caju e ovas

Moqueca de jaca e tapioca

Cordeiro, inhame e café

Milho, cuscuz e funcho

R$ 468

HARMONIZAÇÃO

Menu-degustação harmonizado com vinhos selecionados
Valor sob consulta

Experiência em 5 tempos
por Onildo Rocha

Cerimônia do Jarê

Abará, shissô e castanha do Brasil

Caju e ovas

Cordeiro, inhame e café

Milho, cuscuz e funcho

R$ 282

HARMONIZAÇÃO

Menu-degustação harmonizado com vinhos selecionados
Valor sob consulta

A nova temporada do Notiê por Priceless tem como cenário um altar, uma terra sagrada chamada Chapada Diamantina.

As rochas denunciam o que um dia foi mar. Hoje, o maciço que ocupa o horizonte nordestino é lar de gente que traz a fé incrustada na alma. Gente que lapida o cotidiano, fazendo daquele um lugar em que tudo dá. Em território baiano tem, sim senhor, vinho e café dos mais premiados.

Tem até frutas vermelhas. E mandioca, a Rainha do Brasil, que vira farinha, que engrossa o pirão. Abundantes no pantanal do semiárido, peixes alimentam o quilombo, aldeia de resistência dos tempos passados. Fé tem aos montes. Chapada é berço de religião própria, o Jarê. Com danças e rezas, a mesa é posta em homenagem a São Cosme e Damião. Um caruru que vai muito além do quiabo. A fruta verde, que não teve tempo de amadurecer, alimenta quem tem fome em forma de ensopado. A palma, um tipo de cacto recorrente no Nordeste, enche a cumbuca e se transforma em acompanhamento.

Onildo Rocha faz um mergulho profundo para trazer para o centro de São Paulo o que bate de mais forte no coração de uma Bahia suspensa.

Chapada Diamantina: situada na porção central do estado da Bahia, possui rochas depositadas ao longo do tempo geológico de pelo menos 700 milhões de anos. É a região mais alta do Nordeste, com 2.033 metros de altitude.

Marimbus: grande planície inundável localizada aos pés da Serra do Sincorá, entre Lençóis e Andaraí, é o mini pantanal baiano.

Munzuá: cesto comprido, afunilado, feito de taquara ou bambu. Muito utilizado para capturar peixes.

Curimatã: também chamado de curimbatá, grumatá, sacurimba ou papa-terra, é um peixe que vive em diversos rios no Brasil. Alimenta-se de sedimentos orgânicos e vegetais.

Ximango: espécie de pão de queijo, preparado com goma de mandioca em formato de bastão.

Godó de banana verde: ensopado de carne-de-sol, toucinho e outros embutidos cozidos com banana-verde e cebola, alho e coentro. Muito presente na alimentação dos garimpeiros da Chapada.

Cortadinho de palma: a palma forrageira é uma cactácea conhecida no Nordeste e muito utilizada na alimentação animal. Considerado alimento de subsistência, possui grande potência nutricional. Na Chapada, é feita em forma de refogado, com alho, cebola e cheiro-verde.

Licuri: conhecida como palmeira sertaneja pode ser chamada por vários nomes como alicuri, aricui, oricuri e cabeçudo. Enquanto verdes, os frutos possuem, no seu interior, uma textura aquosa, que vai endurecendo durante o amadurecimento, originando a amêndoa. Esse “coquinho”, além de ser usado na fabricação de um tipo de azeite, serve como ingrediente na feitura de doces e geleias.

Umbu: fruto típico da Caatinga, seu nome vem do tupi ymbu, que significa árvore que dá de beber. Tem a casca fina e polpa saborosa com uma leve acidez. Muito empregada no uso de geleias, doces, licores e sorvetes.

Palmito de jaca: o broto da fruta verde quando cozido tem a consistência de palmito. É utilizado no preparo de moquecas, além de recheio de pastel e outros salgados. Substitui a proteína em receitas vegetarianas.

Jarê: religião nascida na Chapada Diamantina e que mistura catolicismo, religiões de matrizes africanas e cultura indígena. Suas principais celebrações acontecem em setembro, em homenagem a São Cosme e Damião (Ibeji), e em dezembro, por causa de Santa Bárbara (Iansã).

Caruru de São Cosme e Damião: banquete que se faz em homenagem aos santos (Ibeji) e que, além do caruru (receita que leva entre outros ingredientes quiabo, camarão, castanha-de-caju, coentro e dendê), são servidos pratos como xinxim de galinha, vatapá e feijão fradinho. Segundo a tradição, as crianças precisam ser servidas primeiro.

Azeite de dendê: o dendezeiro ou coqueiro de dendê tem origem na costa africana e se adaptou muito bem ao solo brasileiro, principalmente o do Nordeste. De sabor doce é muito utilizado na preparação de vários pratos baianos como moqueca, acarajé e bobó de camarão.